domingo, 30 de maio de 2010

Uma economia globalizada

   A globalização económica, que se inicia nos anos 80, é uma realidade actual que influencia os vários sectores económicos: comercial, empresarial e financeiro.
  
   Sector Comercial
   A diminuição das taxas alfandegárias, o grande desenvolvimento dos transportes e a criação de organizações de comércio livre (destaque para a Organização Mundial do Comércio, de 1995) resultaram num crescimento assinalável das trocas comerciais a nível internacional.
   No incício do séc. XXI, a Europa Ocidental e os EUA dominam o comércio mundial (42,4% do comércio mundial), seguindo-se a região Ásia-Pacífico (25,8%) e, em terceiro lugar, os países da América do Norte (15,1%).

   Sector Empresarial
   Desde a década de 90, a produção tendeu a mundializar-se, sendo que apenas a parte da investigação e concepção dos moldes dos produtos permanece sediada nos países da Europa e dos EUA, enquanto a elaboração dos produtos fica a cargo de fábricas localizadas, em países menos desenvolvidos, onde a mão-de-obra é mais barata. Este é o modo de funcionamento da generalidade das empresas mundiais.

   Sector Financeiro
   A globalização do comércio e das empresas levou ao aumento dos investimentos externos e das transacções de títulos financeiros (acções) por todo o mundo.

A crítica à globalização económica
   Existem vários movimentos contra os efeitos negativos da globalização económica. O Fórum Social Mundial, por exemplo, que existe desde 2001, tenta levar a cabo um projecto de alter-globalização, uma globalização alternativa que realça os aspectos positivos da diversidade cultural mas rejeita o capitalismo selvagem que eterniza a desigualdade social).
   Neste seguimento, as principais críticas que este movimento faz à tendência globalizante da economia são:
  • A existência de três pólos mundiais de comércio (EUA, Europa e Ásia-Pacífico), leva a que regiões como a América Latina, pólos árabes e África não tenham acesso à maior parte do lucro que o sistema capitalista globalizado proporciona, sendo que, nestas regiões, o pIB tem vindo a decair, acompanhando um grande crescimento populacional destes povos.
  • O liberalismo económico que gera o facilitismo das empresas multinacionais em deslocalizar as várias etapas da produção em função dos seus interesses económicos, gerando problemas de desemprego;
  • A exploração de mão-de-obra, muitas vezes infantil, que tem como fim o maior lucro possível das empresas;
  • O empobrecimento cultural através da uniformização dos gostos e dos hábitos, que proliferam internacionalmente através dos media.


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