sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

As resoluções do 2º pós guerra

E mais um vídeo de minha autoria:

domingo, 24 de janeiro de 2010

Dos presságios ao segundo conflito mundial

   Nos anos 30, Itália, Alemanha e Portugal aderiram a regimes autoritários fascistas. Contudo, este comportamento político, verificou-se noutros países do mundo, com algumas nuances que os podem diferenciar: Áustria, Espanha, Brasil, Japão. As causas para esta tendência são já conhecidas, e comuns entre os vários países: o contexto da crise económica (propiciadora de inflação e de desemprego), a descrença na capacidade do parlamentarismo em atingir a estabilidade político-financeira e ainda o medo do comunismo.
    Durante esta década verificou-se também a concretização de um dos ideais do fascismo, o expansionismo territorial, traduzida em várias ocupações territoriais. Em 1935, o território do Sarre (desde 1919 sob o controlo da Sociedade das Nações) passou para a Alemanha, enquanto a Etiópia é conquistada pela Itália. Em 1936, Hitler remilitarizou a Remânia, ignorando as condições do Tratado de Versalhes, e ainda celebrou, com Mussolini, o Eixo Roma-Berlim e, com o Japão, o Eixo Berlim-Tóquio (pacto contra o bolchevismo). Em 1938, Hitler anexa a Áustria e o território dos Sudetas, na Checoslováquia. Em 1939, Mussolini invade a Albânia e Hitler assina um pacto de não-agressão com Estaline, tendo a vista a partilha da Polónia entre os dois países. Para além disto, há ainda a referir que nestes anos trinta propositados ensaios bélicos foram realizados, sobretudo no auxílio da Alemanha e da Itália aos nacionalistas espanhóis na guerra civil contra os republicanos.
   Nesta atmosfera conturbada, um organismo, com grandes intenções em 1919, mostrou-se estranhamente passivo, tal como os E.U.A, Inglaterra e França, a todo este cenário maioritariamente fascista. A Sociedade das Nações não reagiu a todo um fervilhar de violações das disposições do Tratado de Versalhes. Foram, principalmente, duas razões que originaram este adormecimento das potências democráticas: por um lado, estes países não avaliaram as proporções que o crescimento dos autoritarismos estava a tomar; por outro lado, receava-se uma ditadura de carácter comunista, que condicionava para um conformismo com a extrema-direita. Alguns exemplos deste adormecimento da "Europa" e dos E.U.A. encontram-se nos Acordos de Munique (França e Inglaterra autorizaram ocupação dos Sudetas pela Alemanha), no facto de a SDN não ter intervindo na Guerra Civil espanhola e ainda na opção americana da "não- utilização" de influências económicas para intervir na política internacional.
   Contudo, dois acontecimentos ocorridos em 1939 despertaram França e Inglaterra para a dimensão da ameaça fascista e nazi. Um deles foi o acordo entre Hitler e Estaline, que alertou as democracias para a situação de encurralamento a que estavam a ficar sujeitas. O outro acontecimento foi a vitória dos nacionalistas na Guerra Civil espanhola, que demonstrou os perigos da atitude de não-intervenção por parte das democracias europeias.
   Finalmente, no dia 1 de Setembro de 1939,a invasão da Polónia pela Alemanha abriu os olhos às democracias europeias, evidenciando a impossibilidade de evitar o expansionismo nazi sem o recurso a retaliações directas. Assim, a 3 de Setembro, Inglaterra e França declaram guerra à Alemanha, iniciando-se a 2ª Guerra Mundial.
   Esta guerra estendeu-se imediatamente a todo o mundo, com o avanço dos regimes fascistas até 1942. Destaque para o ataque japonês a Pearl Harbour, que motivou a entrada dos E.U.A. na guerra, para o lado dos Aliados, para a batalha de Estalinegrado (1943), em que o exército russo consegue abater as tropas nazis, assinalando-se o início da derrota do Eixo, e para o desembarque de tropas anglo-americanas que originou o recuo dos alemães. Adivinhava-se, assim, o início da derrota do Eixo, que findou em 1945, com a vitória dos Aliados.
   Novamente o cenário se repete: devastação e morte são o resultado deste conflito, onde o mundo conheceu o poder da bomba atómica através da destruição das cidades de Hiroxima e Nagasáqui, por ordem de Henry Truman, presidente dos E.U.A..


quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

A Política do Espírito

  

   Tendo necessidade de manter o povo submisso, calmo e ignorante, o Estado Novo estendeu a sua censura à produção cultural portuguesa, pois toda a construção salazarista poderia desmoronar com as ideias inovadoras de alguns artistas, com as opiniões desviantes de determinados escritores e com o relato fidedigno de certos factos por parte dos jornalistas. No entanto, o Estado Novo não se limitou à clássica censura do trabalho desses portugueses.
   Indo mais longe na sua ambição de controlo da produção cultural, o Estado Novo criou um projecto totalizante, no qual os censurados artistas, escritores, jornalistas, ensaístas, cineastas, entre outros, se tornaram marionetas do regime, propagandeando, através do seu trabalho, os ideais salazaristas. As artes e as letras propiciaram uma "atmosfera saudável", cultivando nos portugueses o amor da pátria, o culto dos heróis, as virtudes familiares, a confiança no progresso, o elogio do regime totalitário fascista português.
   A este projecto, dinamizado pelo Secretariado de Propaganda Nacional, dirigido por António Ferro, deu-se o nome de «Política do Espírito», dado que com este se pretendia motivar psicologicamente o povo português.
   Mas, essa cultura nacionalista que a Política do Espírito pretendia transmitir deveria ser, segundo António Ferro, uma cultura que evidenciasse uma estética actual, de acordo com os tempos que decorriam. Para a satisfação desta necessidade de modernizar a cultura portuguesa, António Ferro, simpatizante dos modernistas, solicita a colaboração de artistas inseridos nesta vanguarda, aglutinando assim o Modernismo com o conservadorismo.
   Através de exposições nacionais e internacionais, geralmente de cariz histórico, como a Exposição do Mundo Português (1940), divulgavam-se artistas e produções que propagandeavam o ideário do Estado Novo.
   Apesar de todo o empenho do regime salazarista, após a queda dos fascismos em 1945, com a 2ª Guerra Mundial, o Secretariado de Propaganda Nacional demonstrou dificuldades em enquadrar as novas gerações modernas na ideologia do regime, pelo que António Ferro abandona as suas funções em 1949.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Salazar e o Estado Novo

Uma simpática visão global do Estado Novo, da minha autoria:
E outros vídeos interessantes sobre o assunto que vieram ao meu encontro no Youtube:
Salazar, Ministro das Finanças
Constituição de 1933
Mocidade e Educação Portuguesas
Corporativismo
Obras Públicas
Censura