segunda-feira, 3 de maio de 2010

A construção da União Europeia e as dificuldades de uma plena união política



   A união económica da Europa concretizou-se e foi vantajosa para os estados-membros, aumentado a sua riqueza. Contudo, a nível político, surgiram algumas dificuldades para a harmonia desta organização.
   Com o Tratado de Maastricht (1992), implementaram-se as políticas comuns para a justiça, os assuntos internos, a política externa, a segurança e a cidadania europeia. Ora, estes novos domínios comunitários entram em conflito com as políticas nacionais, instalando-se um clima de polémica:
  • Alguns países recusaram-se a adoptar inicialmente a moeda única (Dinamarca, Suécia e Reino Unido), sendo que actualmente a libra ainda resiste;
  • O projecto da criação de uma Constituição Europeia, em 2002, acabou por não ser aprovado devido aos resultados negativos dos referendos realizados em França e na Holanda;
  • A entrada de novos países, de leste, para a UE, ao aumentar ainda mais a diversidade cultural da comunidade, trouxe ainda mais problemas ao bom funcionamento da política comum europeia;
  • O abstencionismo dos cidadãos dos estados-membros no que toca a eleições para cargos nos órgãos comunitários revela também a deficiencia da estrutura política da UE, que aparentemente não se consegue impor como prioridade e solução para a vida dos europeus.
   O auge da união política europeia seria o estabelecimento de um Governo europeu comum, com um presidente europeu. Contudo, este projecto colide com o conceito de Estado-Nação e com a importância que os cidadãos conferem à sua nacionalidade e raízes culturais.



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