quarta-feira, 12 de maio de 2010

A integração de Macau e de Hong Kong no regime chinês


   A abertura da China ao Ocidente, através da adesão dos territórios litorais ao capitalismo, favoreceu as negociações da integração de Macau, colónia portuguesa desde 1557, e de Hong Kong, território sob domínio britânico desde o século XIX.
   Passados alguns anos de negociações, os Ingleses acordaram, em 1984, a transferência da administração de Hong Kong para a China (a partir de Julho de 1997). Este acordo estabeleceu uma "Região Administrativa Especial", com autonomia durante 50 anos após a mudança da sua administração. Os ingleses garantiram a democracia, através da manutenção de instituições políticas para esse fim destinadas, e também a permanência da moeda própria da região, totalmente convertível.
   O mesmo se passou com a colónia portuguesa, Macau: em 1987 celebrou-se o acordo de integração deste território na China, integração esta que se iniciou no dia 20 de Dezembro de 1999. Esta tranferência foi mais serena que a de Hong Kong, não só por ser um território mais pequeno e menos desenvolvido, mas também por Portugal ter comprovado o cumprimento da garantia dos direitos humanos e da democracia na ex-colónia britânica, após a anexação da mesma ao território chinês, princípios estes que a China terá também que respeitar durante os 50 anos estabelecidos após a integração do ex-luso território.
   Com estas descolonizações termina o domínio político britânico e português no Oriente, embora, naturalmente, se tenham vindo a manter ligações afectivas e enriquecedoras entre estas duas culturas, oriental e ocidental.

Declaração Conjunta Sino-Portuguesa sobre a Questão de Macau, 1987

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