domingo, 14 de março de 2010

O neocolonialismo no Terceiro Mundo e o Movimento dos Não-Alinhados

Terceiro Mundo (expressão criada por economistas franceses em 1952): países menos desenvolvidos do planeta, onde a população, muito numerosa, é maioritariamente pobre, a tecnologia é atrasada, os cidadãos têm difícil acesso a bens essenciais, a taxa de mortalidade infantil é mais elevada e a esperança média de vida é mais baixa do que no mundo desenvolvido.

   A segunda vaga de descolonizações deu-se nos ditos países de Terceiro Mundo, sobretudo africanos, entre 1955 e 1965. A descolonização destes países deu-se devido à acção de movimentos nacionalistas dentro das colónias e ao apoio da Organização das Nações Unidas, que defendia o princípio da auto-determinação dos povos.
   Apesar de muitas colónias africanas terem conseguido a independência, esses países africanos passaram a ser economicamente dominados pelos países mais ricos, sobretudo URSS e EUA, que exploraram os recursos naturais desses países, dando-se o fenómeno do neocolonialismo. Através do neocolonialismo, os países desenvolvidos conseguiam manter baixos os preços das matérias-primas que adquiriam aos países pobres, vendendo-lhes, a preços elevados, os produtos industriais.
   Perante a situação de disputa entre os EUA e URSS devido à influência económica sobre os países do Terceiro Mundo, em 1955, cinco estados asiáticos, reunidos na Conferência de Bandung, frisaram a sua intenção de não alinhar com nenhum dos dois blocos, afirmando a "recusa em recorrer a alianças de defesa colectiva destinadas a servir os interesses particulares das grandes potências, quaisquer que elas sejam". Esta conferência contribuiu para o acréscimo dos processos de descolonização.
   Em 1961, foi criado o Movimento dos Não-Alinhados, que procurava dar continuidade às causas da Conferência de Bandung, mostrando a sua independência face ao contexto de bipolarismo económico da Guerra Fria. Este movimento foi crescendo em número de países-membros, ao longo dos anos. Contudo, por meios mais subtis, o neocolonialismo foi-se infiltrando nas políticas económicas dos mesmos.



1 comentário: