domingo, 15 de novembro de 2009

A Grande Depressão


   Entre 1925 e 1929, os EUA viveram uma fase alta da sua economia. Foram os «loucos anos 20» que se deveram à dependência de capitais e de empréstimos americanos no pós guerra e ainda à aplicação do taylorismo. Contudo, depois deste período de prosperidade e ostentação americanas, a economia dos EUA apresentava tendências depressionárias.

   A crise de 1929 deveu-se, por um lado, à superprodução de bens de consumo, e, por outro lado, à especulação da bolsa, pois que as cotações das acções da Bolsa, cada vez mais altas, não correspondiam ao valor real das empresas. Além disto, a existência do crédito fácil mantinha os cidadãos iludidos em relação à verdadeira situação da economia americana.
   No dia 24 de Outubro de 1929 («Black Thursday»), uma enorme quantidade de acções foi posta à venda, perante os rumores de crise. De acordo com a lei capitalista da oferta e da procura, quanto mais acções estavam à venda, menos valiam, pelo que, rapidamente, as acções, passaram a ser meros bocados de papel que ninguém queria comprar: assim se deu o crash da Bolsa de Wallstreet (descida rápida do valor das acções).
   Este crash repercutiu-se em todos os sectores da economia. Os bancos faliram por não conseguirem reaver o seu crédito; as empresas, sem apoio financeiro dos bancos e com acumulação de excedentes, diminuíram os preços e a produção; nisto, muitas empresas faliram e despediram os seus trabalhadores, aumentando o desemprego; os desempregados retraíram as suas compras; esta falta de consumidores e o excesso de produção levaram à baixa dos preços agrícolas e à destruição de produções de agricultores.
   A nível social, o crash de 1929, teve efeitos igualmente nefastos: os cidadãos não conseguiam emprego; surgiram bairros de lata; a fome fez-se sentir, pelo que muitos faziam fila por um pouco de soupa.
   Como é sabido, os países da Europa, em consequência da Primeira Guerra Mundial, dependiam dos empréstimos e do crédito dos EUA para a recuperação do pós-guerra. Deste modo, a crise americana alastrou para uma crise mundial: não só a Europa mas também outros países exportadores de matérias-primas entraram em crise devido ao facto de os EUA terem reduzido as trocas internacionais (importações) para regularizar a economia interna. Assim, praticamente todo o mundo (exceptuando a URSS, que não tinha um sistema capitalista), sofreu com o crash de 1929, que deu origem a uma crise mundial que se estendeu pelos anos 30 (Grande Depressão).


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