sexta-feira, 16 de abril de 2010

25/04/1974

   Do Movimento dos Capitães, um grupo de oficiais do exército português formado em Julho de 1973, partiu a iniciativa para a Revolução de 25 de Abril de 1974. Este grupo revolucionário foi liderado por Costa Gomes (chefe do Estado-Maior das Forças Armadas) e por António de Spínola (vice-chefe do Estado-Maior das Forlas armadas).
   As razões que levaram estes militares a planearem uma revolução prendiam-se, oficialmente, com a questão da promoção na carreira dos oficiais milicianos (que não haviam frequentado a Academia Militar). Contudo, outro motivo mais profundo serviu de mote ao 25 de Abril de 74: os militares exigiam uma solução política para a questão colonial, que esgotava 40% do orçamento de Estado e que implicava a morte e desaparecimento de centenas de portugueses. Para estes oficiais do exército, a solução para o problema colonial consistia na "democratização do país", elegendo instituições que representassem a vontade do povo.
   Depois da destituição de Spínola e de Costa Gomes, em Março do ano revolucionário, o Movimento dos Capitães passa a designar-se por Movimento das Forças Armadas (MFA) e prepara o golpe militar que irá derrubar o Estado Novo com o objectivo de implantar uma democracia política.
   A Otelo Saraiva de Carvalho coube a função de master mind da revolução, concebendo o plano das operações militares e orientando a sua execução a partir do posto de Comando da Pontinha (Lisboa). O sinal foi dado pelas canções-senha, via rádio: E Depois do Adeus, de Paulo de Carvalho (22:55h de 24 de Abril) e Grândola, Vila Morena, de José Afonso (0:25h de 25 de Abril).
   Posteriormente, sem qualquer resistência, o MFA ocupou os principais pontos estratégicos da cidade de Lisboa.
   Outra personalidade indispensável à revolução foi o capitão Salgueiro Maia, que dialogou com as forças fiéis ao regime marcelista (e que acabaram por aderir à revolta) e que dirigiu o cerco ao Quartel do Carmo. onde se encontrava Marcello Caetano. O presidente do Conselho aceitou render-se ao general António de Spínola, que chegou ao local às 17:30h do dia 25 de Abril.
    Às 19:50h, o Movimento das Forças Armadas anunciou a queda do regime através da RTP.



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