quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O pulmão europeu respira ar americano para sobreviver


    Através deste esquema, penso que é fácil deduzir o porquê da dependência da Europa face aos Estados Unidos no período pós-guerra. Graças aos Estados Unidos, as consequências da guerra não foram mais destrutivas para a Europa...mas também foi graças à Europa que os Estados Unidos subiram ao primeiro lugar do pódio da economia mundial. «Já agora, vale a pena pensar nisto.».






                                                                        









   Ou seja: Com o elevado número de mortes resultantes da Primeira Grande Guerra e destruição de redes industriais, a produção industrial diminui e não acompanha a procura de produtos (de primeira necessidade e de reconstrução) que se verifica na Europa. Assim, os preços dos produtos europeus inflacionam e a Europa procura produtos nos Estados Unidos. Os Estados Unidos, por sua vez, tornam-se primeira potencia económica, depois de uma crise de excedentes em 1920-21 que é recuperada após o reforço dos métodos de racionalização do trabalho (taylorismo, concentração de empresas). Também os preços dos produtos americanos sofreram uma pequena inflação devido ao facto de num curto espaço de tempo terem alargado brutalmente o seu mercado, existindo mais procura do que oferta.
    Genericamente, as relações de dependência que a Europa, e nomeadamente os países mais afectados pela guerra (Alemanha e França), tinha com os Estados Unidos, traduzia-se num triângulo financeiro, em que o mais importante a reter é o facto de os Estados Unidos emprestarem dinheiro à Alemanha para esta poder, com esse capital, pagar as reparações de guerra à França e Inglaterra, as quais, por sua vez, pagavam as dívidas que contraíam aos E.U.A (dado que também recebiam capital deste último).

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Raízes da Organização das Nações Unidas

    Algo, da minha autoria, sobre a Sociedade das Nações, uma tentativa falhada no contexto de uma paz "combinada" pelos mais fortes após a Primeira Guerra Mundial.
    Espero que gostem e que simplifique o estudo.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Depois da tempestade não veio a bonança (para alguns)



    A Primeira Guerra Mundial, decorrida entre 1914 e 1918, deixou como legado não apenas a morte e destruição, mas também um clima de vingança entre vencedores e vencidos, mesmo depois dos primeiros acordos de paz (1919). Para além disto, surgiram transformações na Europa, em termos políticos e geográficos, que contribuíram também para a sobrevivência de uma atmosfera conflituosa no período do pós-guerra.
    O arrefecer da Primeira Grande Guerra caracterizou-se pela queda de impérios, pela criação de novos países, pela alteração de fronteiras e pela adopção de novos regimes políticos. Depois da derrota militar do império alemão, a Alemanha, unificada desde 1871, tranforma-se numa república; a Turquia, resultado da dissolução do império otomano, adopta um regime autoritário; a cisão do império austro-húngaro origina dois países independentes: a Áustria, que acolhe um regime democrático, e a Hungria, sob o controlo de um regime repressivo; finalmente, na Rússia, depois da queda do império russo e com a revolução de 1917, é instaurado o poder dos sovietes. Relativamente a novos estados, verifica-se: a independência da Finlândia, da Letónia e da Lituânia relativamente ao império russo (que viu o seu território reduzido após a sua saída antecipada da guerra - Paz Separada, 1917); o aparecimento da Polónia, da Checoslováquia, da Hungria e da Jugoslávia; as colocações do Líbano e da Síria sob a tutela da Grã-Bretanha e a colocação da Palestina sob a administração de França. No que toca a vencidos e a vencedores de guerra, França, Itália, Bélgica e Roménia vêem as suas fonteiras ampliadas, enquanto países como a Alemanha, Bulgária, Áustria e Turquia assistem à redução de áreas sobre o seu domínio. Neste processo desequilibrado de administração e distribuição territorial, vários descontentamentos resultaram de grandes reduções territoriais para uns, de insuficientes aumentos territoriais para outros e do desrespeito por diferentes culturas e nacionalidades que se viram aglomeradas num mesmo espaço.
    Focando-nos agora nos aspectos económicos que contribuíram para o clima de vingança, anteriormente referido, ente ex-opositores de guerra, destaque-se o Tratado de Versalhes (1919) como causa primeira para a recuperação dos países vencedores e destruíçao de estados vencidos, sobretudo o estado alemão. As condições expressas no tratado, relativamente à Alemanha (considerada a principal responsável pela Primeira Guerra Mundial), consistiram no pagamento de indeminizações aos países vencedores (reparações de guerra), na redução do exército e armamento e em penalizações territoriais à Alemanha - restituição do território da Alsácia-Lorena ao estado francês; controlo da zona do Sarre e de Dantzing pela Sociedade das NAções; criação de estados independentes que reduziram o território alemão (Áustria, Polónia e Checoslováquia); perda das colónias alemãs para os países vencedores.
    Este Tratado de Versalhes por ter sido elaborado pelo Conselho dos Quatro (E.U.A., Inglaterra, França e Itália) sem o conhecimento e o consentimento da Alemanha, não teve em vista o desenvolvimento económico da Europa, mas apenas a amortização imediata de despesas dos países vencedores, agravando assim a situação de uma paz em risco na Europa.
    Por este desenrolar de acontecimentos, e em virtude dos "14 pontos" sugeridos pelo presidente norte-americano Wilson, surge, em 1919, a Sociedade das Nações.


As boas vindas

    Olá a todos os meus futuros seguidores deste blog: chamo-me Inês Lopes e frequento a disciplina de História no 12º ano do curso de Línguas e Humanidades da Escola Secundária José Gomes Ferreira.
    A elaboração deste blog contribuirá  não só para uma aprendizagem mais consistente de um século de História, mas também para um esclarecer mútuo de dúvidas e trocas de experiências com os meus colegas, professor e restantes seguidores.
   Até à próxima publicação, com votos de enorme sucesso escolar.